Para aqueles que acompanharam o
dramático processo estabelecido ontem no plenário da Câmara Federal,
onde a força do Palácio do Planalto e uma Mesa Diretora hermeticamente
fechada com aquele propósito, compreendem the day after da nossa fusão e
o surgimento do MD33, muitos aqui sentiram, veio aquela sensação de
despedida de alguém que mesmo com seus problemas internos, deseja-se
superá-los e fortalecer-se, mas que não haveria mais o futuro, o amanhã
morria ali.
Eu mesmo emiti posições durante o processo, usando as prerrogativas
democráticas de nosso PPS, e participei dos debates sobre o nome,
numero etc, mas agora já é fato consumado, e o que espera-se da
militância é o alinhamento necessário para vencermos as forças
totalitárias que vem se levantando no país, comandado por PT-PMDB e os
neo arenistas PSD.
O MD, Mobilização Democrática, um nome a princípio estrondoso, mas que
rapidamente assumiu seu papel internamente, mobilizando (aproveitando a
deixa) grande parte da militância.
Evidente, e isso não poderia ser diferente, insurgem-se (com o direito
que lhes deve ser assegurado) companheiros levantando o efeito relâmpago
dada a tramitação, mas, insistindo na noite de ontem, onde a poderosa
armada governista, com apoio dos 'demos', praticamente sepultaram o
surgimento da REDE e a possibilidade da ex-senadora Marina Silva
lançar-se por aquela legenda na disputa à Presidência. A boa fé de
Marina e o carinho que ainda tem por algumas estrelas do PT fizeram-na
agir mais com emoção do que raciocinar o óbvio, ela é uma ameaça ao PT, e
auxiliaria os concorrentes alinhados a oposição, para uma possível
aliança ao segundo turno em 2014.
PPS, PMN, PSB, PSol e até o PV lutaram bravamente, denunciaram o remake
de um instrumento da ditadura militar sendo imposta a democracia uma
amputação na livre organização e fusão partidária, além de pulverizar o
tempo de rádio e TV dos pequenos, e isso tudo foi ontem, dia da fusão
do PPS e PMN, os quais criaram o MD, uma sigla de oposição e
comprometida na construção de um Plano Nacional Estruturante para o
Brasil, e agora com a janela, inúmeras possibilidades hão de surgir.
Na política e nas suas articulações existe o momento para a ampla
discussão e aprofundamento do debate e das ações imediatas, dentro de
uma ética e respeito, claro, as tradições democráticas, e ontem,
indiscutivelmente, o PPS tomou com altivez, com uma certa dor no
coração, sua maior decisão...
Que sejamos fortalecidos nos espaços democráticos, respeitando-se as
forças, os orgãos que até então existiram no PPS, e que agora terão que
se adequar a uma nova realidade e serem, identicamente, aperfeiçoados,
muitos aliás já encaminharam suas contribuições ao novo momento, caso em
especial da Juventude.
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